domingo, 16 de dezembro de 2007

Antroposofia

A Odontologia Antroposófica é uma odontologia complementar que se baseia numa visão ampliada do ser humano, além do seu aspecto corporal, valorizando sua relação com a natureza, sua vida psíquica e sua individualidade.
Ela é uma ampliação da odontologia acadêmica e atende o ser humano nas suas diversas dimensões, buscando uma verdadeira arte de curar, procurando harmonizar os componentes sensíveis e supra-sensíveis do ser humano.
Os cirurgiões-dentistas antroposóficos colaboram para a humanização da odontologia, respeitando os seus progressos científicos, ampliando os recursos terapêuticos à partir de uma compreensão mais profunda do ser humano, tanto no seu estado de saúde como na doença. Isso significa que os diagnósticos e os tratamentos seguem os princípios da odontologia convencional, ampliados por uma frutífera visão global do ser humano.
Os fundamentos da medicina antroposófica nasceram à partir do trabalho conjunto de uma médica holandesa, a Dra. Ita Wegmann, e do filósofo nascido na região que seria mais tarde a Yugoslavia, Rudolf Steiner (1861-1925), no início do século XX. A Medicina de orientação antroposófica corresponde a uma das numerosas áreas de aplicação prática da antroposofia, fundada por Steiner.
As diversas características do homem eram então explicadas pelo fato de os elementos existentes nele serem "temperados" de diversas maneiras. Fazia-se distinção entre quatro elementos: "terra", "água", "ar" e "fogo", que em cada pessoa se misturam de modo diferente. Dessa mistura depende a especial evidência de um temperamento, pois existe uma estreita relação entre os chamados quatro elementos e os quatro temperamentos: " o melancólico", "o fleumático", "o sangüíneo" e o "colérico".
O melancólico já é, com muita freqüência, reconhecível pelos olhos. Ele olha o mundo com pouco interesse; seus olhos, portanto, não costumam estar muito abertos - as pálpebras ficam mais ou menos cerradas, como se seu portador estivesse muito cansado para levantá-las.
O fleumático se caracteriza preponderantemente por suas formas, pelo fato de em seu rosto, principalmente nas faces, tudo tender mais ao esférico e arredondado, o que em geral resulta numa expressão facial amável e bondosa. O queixo arredonda-se para baixo, e o "queixo duplo", muitas vezes existente, de certa forma repete na parte adiposa a forma do primeiro, que na realidade tem uma modelação óssea. Em casos excepcionais, tem-se a impressão de que essa parte carnosa do rosto poderia continuar a reproduzir-se, como se a forma do queixo quisesse arredondar-se pela terceira vez.
Em geral os olhos do sangüíneo brilham como pedras preciosas lapidadas e móveis. Gostam de estar sempre ocupados em ver o mais rapidamente possível tudo o que existe em redor, sendo por isso bem abertos e atentos a todas as direções. Nos traços fisionômicos encontra-se geralmente uma certa tensão. Os lábios parecem estar sempre prontos a dizer algo, e a língua corresponde a esta tendência. A boca costuma ser bem modelada; não tem deformidade e nada denuncia do hermetismo tão facilmente esboçados pelos lábios do melancólico. A pessoa sangüínea acompanha de boa vontade uma narrativa que a interessa, mas faz freqüentes trejeitos fisionômicos pelo fato de lembrar-se imediatamente de situações semelhantes - que ela quer, tão logo haja oportunidade, relatar também.
No colérico, a primeira característica a chamar-nos a atenção será geralmente a mandíbula angulosa e um tanto proeminente. É comum pertencer-lhe uma boca firmemente cerrada - quando não existe exatamente um motivo para abri-la amplamente. Em muitos casos, também os olhos, nesse temperamento, podem ser cativantes. Deles podem irradiar todo brilho e o fogo interior da personalidade, de forma até mais intensa do que nos outros temperamentos.
Fonte: livro "Os Temperamentos"

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