Um estudo feito pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP-Unicamp) avaliou as propriedades antimicrobianas do alho. O trabalho foi orientado na busca de uma alternativa para combater as infecções bacterianas mais incidentes hoje. O próximo passo da pesquisa, encabeçada pelo professor do Colégio Técnico de Limeira da Unicamp, Paulo César Venâncio, é testar a erva no combate às bactérias resistentes à amoxicilina.
Orientado pelo professor Francisco Carlos Groppo, Venâncio testou diversas plantas que apresentavam eficácia contra infecções, até chegar ao alho. O autor do trabalho utilizou duas espécies da erva: Allium sativum, o mais consumido no Brasil, e Allium tuberosum, conhecido com alho nirá, muito utilizado na culinária japonesa. Os resultados mostraram que, depois de 24 horas, os dois alhos levaram a resultados muito parecidos aos da amoxicilina.
"Os antibióticos utilizados são específicos para cada tipo de cepa de bactérias,observando-se cada vez mais o aumento de suas resistências a eles. A ideia foi então a de buscar alternativas junto à natureza que possam vir a somar como possibilidades a mais no controle das infecções bacterianas", disse o pesquisador em entrevista ao Jornal da Unicamp.
Os testes realizados em ratos demonstraram que além de exercer ação antimicrobiana, o alho também poderia atuar como um estimulador do sistema imunológico, conforme hipótese levantada pelo pesquisador. Em maio, serão feitos experimentos in vitro para estudar a reação do alho com as bactérias resistentes ao antibiótico amoxilina.
Venâncio explicou que o alho aquecido, utilizado como tempero, perde as propriedades ativas observadas no estudo, portanto, não pode ser cozido ou frito. A forma ideal de se consumir a erva é amassando um dente de alho de tamanho médio e misturar em uma xícara com água pela metade, ingerindo em seguida.
Fonte: Odonto
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