Quando a criança pega gripe e começa a tossir, é comum os pais logo providenciarem um xarope, produto barato e de fácil acesso. Tosse curada, problema resolvido. No entanto, o que muitos pais não sabem é do potencial cariogênico (fatores que propiciam a cárie) dos xaropes que se, usados de maneira incorreta e sem a devida escovação, proporcionam o surgimento da cárie.
Helane Glayde e Nayana Souza, alunas egressas do curso de Odontologia do Centro Universitário do Pará (Cesupa) fizeram a descoberta por meio do Trabalho de Curso (TC), intitulado “Avaliação do Potencial Cariogênico de Xaropes Produzidos na Região Amazônica”, orientado pela professora Suelly Ribeiro.
Elas constataram, também, que os xaropes, mesmo sendo considerados fitoterápicos, possuem determinadas substâncias que favorecem o aparecimento da cárie, como a sacarose (açúcar) e acidez.
A pesquisa foi realizada nos laboratórios dos cursos de Farmácia e Nutrição do Cesupa e investigou três marcas de xaropes disponíveis no mercado: Melkatess, Composto de Mel com Mastruz e Leite de Amapá e Fitomelito. A análise apontou que o xarope com maior potencial para provocar corrosões no esmalte dos dentes foi o Composto de Mel com Mastruz e Leite de Amapá, por apresentar o mel com maior acidez e menor ph. Já o Melkatess apresentou maior quantidade de sacarose e viscosidade.
Quanto mais viscoso o mel, mais ele gruda na estrutura dental, o que gera a desmineralização do dente (perda de minerais do dente), e quanto menor o ph (potencial hidrogeniônico que indica o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade) mais suscetível o dente fica a cárie.
Para avaliar a quantidade de sacarose (açúcar), foi utilizado o método de determinação de umidade por refratometria, no caso do Fitomelito e Melkatess. Já para avaliar o Composto de Mel com Mastruz e Leite do Amapá foi usado o método de dessecação do cadinho. Na avaliação do ph optou-se por um processo eletrométrico, com a utilização do phmêtro e na avaliação da viscosidade foi utilizado o aparelho viscosímetro digital rotativo.
Muita gente acredita que pelo fato do mel ser doce, não é ácido. No entanto, o ácido do mel corroe os dentes. No caso das crianças, é mais grave ainda, pois elas acumulam bactérias que podem gerar cáries e outros problemas. “O ideal após tomar o mel é deixar passar meia-hora, só fazer bochecho ou escovar sem nada, pois a pasta também é ácida”, revelam as odontólogas. Segundo elas, a saliva tem um papel fundamental nesse processo, pois causa um efeito protetor chamado “efeito tamponamento”. Como a saliva tem mineral e o mel é ácido, os dentes vão alcalinizar (aumentar o ph dos dentes). Após 30 minutos, o ph volta ao normal e está pronto para escovação.
“É importante repassar aos pais as orientações sobre escovação, após a ingestão de sacarose e as refeições, bem como sobre os métodos preventivos como o flúor que atuará na remineralização dental, ou seja, o processo de reposição de minerais do dente”, explicam Helane e Nayana.
Fonte: Diário do Pará
Helane Glayde e Nayana Souza, alunas egressas do curso de Odontologia do Centro Universitário do Pará (Cesupa) fizeram a descoberta por meio do Trabalho de Curso (TC), intitulado “Avaliação do Potencial Cariogênico de Xaropes Produzidos na Região Amazônica”, orientado pela professora Suelly Ribeiro.
Elas constataram, também, que os xaropes, mesmo sendo considerados fitoterápicos, possuem determinadas substâncias que favorecem o aparecimento da cárie, como a sacarose (açúcar) e acidez.
A pesquisa foi realizada nos laboratórios dos cursos de Farmácia e Nutrição do Cesupa e investigou três marcas de xaropes disponíveis no mercado: Melkatess, Composto de Mel com Mastruz e Leite de Amapá e Fitomelito. A análise apontou que o xarope com maior potencial para provocar corrosões no esmalte dos dentes foi o Composto de Mel com Mastruz e Leite de Amapá, por apresentar o mel com maior acidez e menor ph. Já o Melkatess apresentou maior quantidade de sacarose e viscosidade.
Quanto mais viscoso o mel, mais ele gruda na estrutura dental, o que gera a desmineralização do dente (perda de minerais do dente), e quanto menor o ph (potencial hidrogeniônico que indica o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade) mais suscetível o dente fica a cárie.
Para avaliar a quantidade de sacarose (açúcar), foi utilizado o método de determinação de umidade por refratometria, no caso do Fitomelito e Melkatess. Já para avaliar o Composto de Mel com Mastruz e Leite do Amapá foi usado o método de dessecação do cadinho. Na avaliação do ph optou-se por um processo eletrométrico, com a utilização do phmêtro e na avaliação da viscosidade foi utilizado o aparelho viscosímetro digital rotativo.
Muita gente acredita que pelo fato do mel ser doce, não é ácido. No entanto, o ácido do mel corroe os dentes. No caso das crianças, é mais grave ainda, pois elas acumulam bactérias que podem gerar cáries e outros problemas. “O ideal após tomar o mel é deixar passar meia-hora, só fazer bochecho ou escovar sem nada, pois a pasta também é ácida”, revelam as odontólogas. Segundo elas, a saliva tem um papel fundamental nesse processo, pois causa um efeito protetor chamado “efeito tamponamento”. Como a saliva tem mineral e o mel é ácido, os dentes vão alcalinizar (aumentar o ph dos dentes). Após 30 minutos, o ph volta ao normal e está pronto para escovação.
“É importante repassar aos pais as orientações sobre escovação, após a ingestão de sacarose e as refeições, bem como sobre os métodos preventivos como o flúor que atuará na remineralização dental, ou seja, o processo de reposição de minerais do dente”, explicam Helane e Nayana.
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