No entanto, a maioria dos participantes apresentou saúde bucal satisfatória e afirmou já ter ido ao dentista. Porém, a consulta odontológica foi relacionada a cuidados imediatos e não preventivos.
Buscando investigar a saúde bucal de crianças e adolescentes com síndrome de Down, a dentista Ana Cristina Borges de Oliveiras realizou um estudo com 112 meninos e meninas de 3 a 18 anos portadores da síndrome. Durante a pesquisa além do exame clínico odontológico foram aplicados questionários às mães. Os dados obtidos foram analisados na tese de doutorado de Cristina, defendida recentemente na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) da Fiocruz.
Segundo notícia de Fernanda Marques, da Agência Fiocruz de Notícias, a dentista identificou que 87% dos participantes apresentavam saúde bucal satisfatória. Com relação à presença de cárie, 37% apresentavam pelo menos um dente cariado. Também foi constatado que 74% das crianças e adolescentes examinados apresentavam alguma "maloclusão de origem vertical ou horizontal, principalmente mordida aberta e mordida cruzada". Vale destacar que nenhum dos participantes havia feito uso de aparelhos ortodônticos.
A dentista lembra, na notícia, que as maloclusões têm um impacto elevado na rotina dos pacientes com síndrome de Down, pois pode gerar muitas vezes discriminação com relação à aparência facial. Conforme a idade do indivíduo aumenta a tendência ao desenvolvimento de maloclusões também é elevada, e a combinação com outros problemas como retardo de crescimento craniofacial, disfunção motora oral, alterações dentárias e reduzido tônus dos músculos da boca e da face pode levar a alterações de linguagem, mastigação e deglutição. "Sem os tratamentos preventivos e terapêuticos, essas alterações orofaciais interagem com as manifestações sistêmicas (doenças cardíacas, infecções respiratórias, deficiências imunológicas e alterações comportamentais) e acabam por comprometer a saúde geral dessa parcela da população", explica, de acordo com o texto.
Através de entrevista realizada com as mães, a autora identificou que 87% das crianças e adolescentes ficaram resfriados e 39% tiveram dor de garganta no semestre anterior à pesquisa. Ela descobriu ainda que 68% dos meninos e meninas "tinham o hábito de permanecer com a boca aberta e 38% costumavam projetar a língua para fora da boca".
A maior parte dos participantes, quase 80%, já havia ido ao dentista pelo menos uma vez, sendo a motivação principal da visita foi a orientação recebida de outros profissionais de saúde. Ao entrevistar de forma mais detalhada 19 mães, Ana Cristina Oliveiras percebeu que, muitas vezes, o consultório odontológico só é procurado para cuidados curativos e imediatos, não sendo realizado o acompanhamento sistemático e preventivo. A dentista destaca na notícia que a "alta demanda de cuidados odontológicos nessa parcela da população e o número insuficiente de dentistas e serviços públicos direcionados a pacientes com necessidades especiais" são algumas das razões para esse atendimento restrito.
O estudo de Oliveiras orientado por Dina Czeresnia, da Ensp e Saul Martins de Paiva, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi desenvolvido no Ambulatório de Genética do Instituto Fernandes Figueiras (IFF).
Buscando investigar a saúde bucal de crianças e adolescentes com síndrome de Down, a dentista Ana Cristina Borges de Oliveiras realizou um estudo com 112 meninos e meninas de 3 a 18 anos portadores da síndrome. Durante a pesquisa além do exame clínico odontológico foram aplicados questionários às mães. Os dados obtidos foram analisados na tese de doutorado de Cristina, defendida recentemente na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) da Fiocruz.
Segundo notícia de Fernanda Marques, da Agência Fiocruz de Notícias, a dentista identificou que 87% dos participantes apresentavam saúde bucal satisfatória. Com relação à presença de cárie, 37% apresentavam pelo menos um dente cariado. Também foi constatado que 74% das crianças e adolescentes examinados apresentavam alguma "maloclusão de origem vertical ou horizontal, principalmente mordida aberta e mordida cruzada". Vale destacar que nenhum dos participantes havia feito uso de aparelhos ortodônticos.
A dentista lembra, na notícia, que as maloclusões têm um impacto elevado na rotina dos pacientes com síndrome de Down, pois pode gerar muitas vezes discriminação com relação à aparência facial. Conforme a idade do indivíduo aumenta a tendência ao desenvolvimento de maloclusões também é elevada, e a combinação com outros problemas como retardo de crescimento craniofacial, disfunção motora oral, alterações dentárias e reduzido tônus dos músculos da boca e da face pode levar a alterações de linguagem, mastigação e deglutição. "Sem os tratamentos preventivos e terapêuticos, essas alterações orofaciais interagem com as manifestações sistêmicas (doenças cardíacas, infecções respiratórias, deficiências imunológicas e alterações comportamentais) e acabam por comprometer a saúde geral dessa parcela da população", explica, de acordo com o texto.
Através de entrevista realizada com as mães, a autora identificou que 87% das crianças e adolescentes ficaram resfriados e 39% tiveram dor de garganta no semestre anterior à pesquisa. Ela descobriu ainda que 68% dos meninos e meninas "tinham o hábito de permanecer com a boca aberta e 38% costumavam projetar a língua para fora da boca".
A maior parte dos participantes, quase 80%, já havia ido ao dentista pelo menos uma vez, sendo a motivação principal da visita foi a orientação recebida de outros profissionais de saúde. Ao entrevistar de forma mais detalhada 19 mães, Ana Cristina Oliveiras percebeu que, muitas vezes, o consultório odontológico só é procurado para cuidados curativos e imediatos, não sendo realizado o acompanhamento sistemático e preventivo. A dentista destaca na notícia que a "alta demanda de cuidados odontológicos nessa parcela da população e o número insuficiente de dentistas e serviços públicos direcionados a pacientes com necessidades especiais" são algumas das razões para esse atendimento restrito.
O estudo de Oliveiras orientado por Dina Czeresnia, da Ensp e Saul Martins de Paiva, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi desenvolvido no Ambulatório de Genética do Instituto Fernandes Figueiras (IFF).
Fonte: Agência Notisa
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