Células-tronco são tipos celulares que podem se diferenciar e constituir diferentes tecidos no organismo.
As células-tronco podem ser divididas em embrionárias (com capacidade de se transformar em praticamente qualquer célula do corpo, com exceção da placenta, sendo encontradas somente nos embriões) e células precursoras do organismo já desenvolvido, chamadas células-tronco adultas (com capacidade de diferenciação limitada, em geral restrita ao tecido de onde derivam). O potencial de auto-renovação e a capacidade de originar linhagens celulares com diferentes funções impulsionaram pesquisas sobre as aplicações terapêuticas dessas células, uma vez que elas poderiam funcionar como células substitutas em tecidos lesionados ou doentes.Células-tronco adultas têm sido isoladas de vários tecidos incluindo o epitélio dentário. Uma população destas células-tronco foi identificada em tecido pulpar, tendo como importante característica a habilidade para regenerar células semelhantes às do complexo dentino-pulpar. Além disso, células semelhantes ao estroma de medula óssea têm sido obtidas em polpa de dentes decíduos humanos. Elas possuem capacidade de diferenciação em diferentes tipos de células, como osteoblastos, adipócitos, células musculares e células neurais. Utilizando polpa dentária extraída de terceiros molares humanos, detectaram a presença de células-tronco, as quais foram capazes de se transformar em odontoblastos produtores de dentina.Com o intuito de desenvolver métodos para a reposição de dentes humanos ausentes congenitamente ou extraídos, regeneraram coroas dentárias de ratos utilizando técnicas de engenharia tecidual. As células foram cultivadas em laboratório, colocadas em moldes com formato de dentes de rato, e implantadas no abdômen desses animais. Após doze semanas, constatou-se que os moldes haviam sido absorvidos pelo organismo e formado dentes. O passo seguinte será tentar induzir o crescimento de dentes em seu devido lugar: os arcos dentários dos ratos e, posteriormente, dos humanos.A medida que mais conhecimentos sobre os mecanismos biológicos e genéticos do desenvolvimento dentário são obtidos, abordagens racionais para a reconstrução e construção de dentes vivos a partir de células-tronco estão progredindo.Num futuro próximo, os trabalhos com as células-tronco estarão permitindo esta prospecção, sendo esta uma conquista marcante para aplicações clínicas na Odontologia.
Fonte: REV ASSOC PAUL CIR DENT 2006
As células-tronco podem ser divididas em embrionárias (com capacidade de se transformar em praticamente qualquer célula do corpo, com exceção da placenta, sendo encontradas somente nos embriões) e células precursoras do organismo já desenvolvido, chamadas células-tronco adultas (com capacidade de diferenciação limitada, em geral restrita ao tecido de onde derivam). O potencial de auto-renovação e a capacidade de originar linhagens celulares com diferentes funções impulsionaram pesquisas sobre as aplicações terapêuticas dessas células, uma vez que elas poderiam funcionar como células substitutas em tecidos lesionados ou doentes.Células-tronco adultas têm sido isoladas de vários tecidos incluindo o epitélio dentário. Uma população destas células-tronco foi identificada em tecido pulpar, tendo como importante característica a habilidade para regenerar células semelhantes às do complexo dentino-pulpar. Além disso, células semelhantes ao estroma de medula óssea têm sido obtidas em polpa de dentes decíduos humanos. Elas possuem capacidade de diferenciação em diferentes tipos de células, como osteoblastos, adipócitos, células musculares e células neurais. Utilizando polpa dentária extraída de terceiros molares humanos, detectaram a presença de células-tronco, as quais foram capazes de se transformar em odontoblastos produtores de dentina.Com o intuito de desenvolver métodos para a reposição de dentes humanos ausentes congenitamente ou extraídos, regeneraram coroas dentárias de ratos utilizando técnicas de engenharia tecidual. As células foram cultivadas em laboratório, colocadas em moldes com formato de dentes de rato, e implantadas no abdômen desses animais. Após doze semanas, constatou-se que os moldes haviam sido absorvidos pelo organismo e formado dentes. O passo seguinte será tentar induzir o crescimento de dentes em seu devido lugar: os arcos dentários dos ratos e, posteriormente, dos humanos.A medida que mais conhecimentos sobre os mecanismos biológicos e genéticos do desenvolvimento dentário são obtidos, abordagens racionais para a reconstrução e construção de dentes vivos a partir de células-tronco estão progredindo.Num futuro próximo, os trabalhos com as células-tronco estarão permitindo esta prospecção, sendo esta uma conquista marcante para aplicações clínicas na Odontologia.
0 comentários:
Postar um comentário