Está em curso na Inglaterra uma pesquisa que já comprova ser possível nascer um terceiro dente em ratos. Quem acompanha o processo e vislumbra a possibilidade de dar continuidade ao estudo aqui no Brasil é a cirurgiã-dentista Andrea Montesso, professora da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP). Apesar de a técnica estar sendo desenvolvida inicialmente em camundongos, Andrea explica que o grupo de pesquisadores ingleses também já testa células humanas para esse fim.
A cirurgiã afirma que em teoria qualquer indivíduo poderá se submeter a um procedimento cirúrgico minimamente invasivo e estar apto. No entanto, é preciso lembrar que essa técnica ainda está em fase de desenvolvimento científico e atualmente não é testada em humanos nem em nível experimental.
A dentista, que acompanha a pesquisa desenvolvida pelo professor Paul Sharpe, do King’s College, diz que em breve deverá coordenar um estudo semelhante na USP.
A má notícia é que pessoas que já passaram por um implante, por exemplo, não poderão receber outro dente pelo simples fato de não haver espaço físico. Exceção, é claro, para quem sofreu rejeição.
As pesquisas mostram que junto com o desenvolvimento do dente sempre há o desenvolvimento do osso de suporte também. Por isso, mesmo se já tiver ocorrido a perda óssea, tudo indica que a técnica poderá ser utilizada. Andrea explica que o dente será criado no laboratório e logo no começo de sua formação, quando o mesmo se resume apenas a algumas células.
Esse “projeto” de dente é transplantado no sítio (local) receptor, onde se desenvolve normalmente a partir da ação do organismo do animal. “O processo é natural e o que esperamos é que o dente nasça, naturalmente, sem precisar de estímulos extras.”
Muito embora a pesquisadora ainda tenha receio de afirmar uma data para a concretização do projeto, já existe um grupo de cientistas que acredita que a partir de 2017 essa técnica já estará disponível para uso clínico.
Fonte: Dentistry
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