Investigadores americanos verificaram que uma dieta rica em ômega 3 – presentes em alguns peixes, marisco e frutos secos, por exemplo – pode prevenir e tratar eficazmente a periodontite, uma doença inflamatória da cavidade oral que atinge os tecidos de suporte do dente, a gengiva, o osso e os ligamentos do dente.
Atualmente, os tratamentos para esta patologia consistem no combate à infecção bacteriana. “O tratamento tradicional da doença periodontal tem envolvido principalmente a limpeza e a administração de antibióticos. Portanto, a terapia dietética, se for eficaz, pode ser um método mais barato e mais seguro para a sua prevenção e tratamento”, destaca Asghar Naqvi, um dos autores do estudo realizado na Universidade de Harvard.
Além disso, o investigador destaca que “dado as evidências da ação do ômega 3 nas doenças inflamatórias crônicas, é possível que a sua ingestão para o tratamento da periodontite tenha o benefício acrescido de prevenir outras doenças crônicas associadas a inflamações”.
Neste estudo estiveram envolvidos nove mil adultos que foram submetidos a testes no dentista. Além disso, responderam a questionários sobre os seus hábitos alimentares e outros fatores como o estilo de vida.
Depois de cruzarem os dados, os investigadores verificaram que “o consumo de ômega 3 estava inversamente relacionado com a periodontite na população norte-americana”. Do total de participantes, 8% tinham esta doença. No entanto, a análise dos dados mostrou que “havia uma redução de aproximadamente 20 por cento na prevalência da doença entre aqueles que comiam mais alimentos ricos em ômega 3”.
Elizabeth Krall Kaye, da Universidade de Harvard, reconhece que "a conclusão mais importante é que mesmo pequenas quantidades ômega 3 podem ser benéficas para as gengivas. Trata-se de níveis que podem ser obtidos em alimentos com alto teor destes ácidos, sem ser necessário recorrer a suplementos".
Apesar dos resultados positivos, a especialista alertou para a necessidade de mais investigação e de estudos que acompanhem os pacientes e avaliem os efeitos que o ômega 3 possa surtir na doença periodontal.
Fonte: Odontocases/Ciência Hoje
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