Muitos temem o "motorzinho" e só de ouvirem o barulho da broca já começam a sentir pânico. Outros quando imaginam o dentista mexendo dentro de suas bocas com todos aqueles aparatos querem sair correndo. Tremedeira, respiração ofegante, frio na barriga, taquicardia e suor. São reações comuns a pessoas que têm fobia de dentistas. E não são poucos os que sofrem da 'odontofobia'. Estudos indicam que 15% a 20% dos pacientes têm medo de ir ao dentista no Brasil.Para o especialista em periodontia e mestre em diagnóstico bucal Doutor Chrstian Wehba é muito comum alguns pacientes apresentarem medo de ir ao dentista. "Uma das explicações prováveis é que antigamente os métodos utilizados eram desconfortáveis. Agulhas grossas para anestesias, por exemplo, ajudou a fazer a visita ao dentista um sinônimo de dor. Mas isso uma cultura antiga que não condiz mais com os dentistas de hoje", afirma Wehba.
Mas mesmo com toda a modernização dos instrumentos utilizados pelos profissionais, algumas pessoas continuam tendo a chamada odontofobia. A explicação pode ser porque o indivíduo vivenciou alguma experiência traumática na infância ligada, principalmente, a dor. "Uma situação bastante comum são pais que passam seu temor de dentista para os filhos. Pesquisas mostram que metade das crianças que sentem medo de dentista é porque os pais também o sentem e relataram histórias ligadas a dor para elas", explica Dr. Christian.
Mas hoje em dia, existem vários métodos que procuram diminuir a odontofobia e o estresse em pacientes. Especialistas na área estão desenvolvendo técnicas avançadas para serem utilizadas nos consultórios. Segundo o periodontista Wehba um caminho interessante é a criação de um vínculo afetivo. Abrir espaço para conversas sobre vida pessoal, família e trabalho é uma ótima maneira de se aproximar e inspirar confiança.
Uma técnica que vem sendo utilizada recentemente é a sedação consciente ou analgesia inalatória, realizada com óxido nitroso (N2O) e oxigênio (O2). O método tem a função de acalmar e tranqüilizar o paciente antes de iniciar o tratamento.
"Um outro fator que notamos que gera temor nos pacientes é a sensação do desconhecido. Por isso, explicar exatamente tudo o que está sendo feito, se vai doer e o porque disso, ajuda a melhorar o medo das pessoas", explica o odontopediatra, Marcos Kneese-Flaks.
Mas há casos em que nem as conversas francas ou a confiança no profissional são suficientes. Em casos de síndrome do pânico ou fobia aguda, o correto é encaminhar a pessoa para uma avaliação com um psicólogo ou psiquiatra. O ideal é fazer um trabalho em conjunto com esses profissionais, já que, enquanto não superar o problema, o paciente não conseguirá se submeter ao tratamento odontológico.
Fonte: Minha Vida/Dental Press


















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