Os instrumentos podem influenciar os músculos da boca e a posição dos dentes. Se os pais ou a criança estiverem interessados em instrumentos de sopro devem ser orientados na escolha, pois que tais instrumentos podem exercer determinadas influências nos músculos da boca, na posição dos dentes e, conseqüentemente, sobre a face em desenvolvimento.
A postura dos lábios, da língua e também a posição da mandíbula em relação à maxila devem ser levadas em consideração, especialmente se a criança apresenta já algum tipo de desvio de oclusão (contato entre os dentes superiores e inferiores).
Crianças com tendência a mordida aberta (dentes da frente não se tocam), ou mesmo as que já a apresentam como uma disfunção a ser restaurada, devem evitar o clarinete, o saxofone, o oboé, o fagote e a corneta, porque os movimentos realizados podem piorar a condição de afastamento entre as arcadas dentárias.
No entanto, não devemos meramente condenar os instrumentos que possam ser prejudiciais, mas expor as qualidades daqueles que podem ser benéficos para determinadas condições.
E, nesse setor de enfoque dos instrumentos auxiliares na reorganização das funções do sistema boca, não poderíamos deixar de mencionar a gaita, que se faz de extrema utilidade para crianças que perdem o selamento labial (fechamento da boca, pelo contato dos lábios), ou seja, que costumam manter a boca aberta.
Nesse caso, ela auxilia na sensibilização interlabial, de comissura a comissura (região onde se encontram os lábios), ou seja, de canto a canto da boca, levando a minimizar o problema instalado e até a saná-lo com a repetição freqüente do exercício.
A flauta e o flautim, em particular, podem auxiliar na reposição de um lábio superior curto, desde que a criança não tenha os dentes superiores e anteriores muito inclinados para a frente. Dessa forma, lábios hipotônicos e curtos podem ser consideravelmente beneficiados pela prática de um instrumento de sopro.
No entanto, todo o exposto só ganha aspectos positivos e benéficos, caso se tenha conhecimento do instrumento e da normalidade das funções bucais. Em poucas palavras: é preciso estar familiarizado com as relações entre a dentição e a prática de um instrumento para poder ensinar uma embocadura que não seja difícil e prejudicial para a criança.
Nesse sentido, o ideal seria a sintonia entre o professor de música e o dentista, promovendo a necessária adequação do instrumento musical ao tipo de estrutura bucal da criança.
A prática mostra que, antes de tudo, é necessário considerar cada criança individualmente, segundo o tipo de oclusão e musculatura.
Resta claro, portanto, que tocar um instrumento, sobre ser um procedimento adequado para as condições bucais, pode se tornar de grande ajuda para uma terapia oclusal, já que, comprovadamente, é um meio de despertar na criança a sensibilidade, atributo que a fará, com certeza, um adulto diferenciado.
Fonte: Dra. Maria Cristina Ferreira de Camargo - Odontopediatra.
A postura dos lábios, da língua e também a posição da mandíbula em relação à maxila devem ser levadas em consideração, especialmente se a criança apresenta já algum tipo de desvio de oclusão (contato entre os dentes superiores e inferiores).
Crianças com tendência a mordida aberta (dentes da frente não se tocam), ou mesmo as que já a apresentam como uma disfunção a ser restaurada, devem evitar o clarinete, o saxofone, o oboé, o fagote e a corneta, porque os movimentos realizados podem piorar a condição de afastamento entre as arcadas dentárias.
No entanto, não devemos meramente condenar os instrumentos que possam ser prejudiciais, mas expor as qualidades daqueles que podem ser benéficos para determinadas condições.
E, nesse setor de enfoque dos instrumentos auxiliares na reorganização das funções do sistema boca, não poderíamos deixar de mencionar a gaita, que se faz de extrema utilidade para crianças que perdem o selamento labial (fechamento da boca, pelo contato dos lábios), ou seja, que costumam manter a boca aberta.
Nesse caso, ela auxilia na sensibilização interlabial, de comissura a comissura (região onde se encontram os lábios), ou seja, de canto a canto da boca, levando a minimizar o problema instalado e até a saná-lo com a repetição freqüente do exercício.
A flauta e o flautim, em particular, podem auxiliar na reposição de um lábio superior curto, desde que a criança não tenha os dentes superiores e anteriores muito inclinados para a frente. Dessa forma, lábios hipotônicos e curtos podem ser consideravelmente beneficiados pela prática de um instrumento de sopro.
No entanto, todo o exposto só ganha aspectos positivos e benéficos, caso se tenha conhecimento do instrumento e da normalidade das funções bucais. Em poucas palavras: é preciso estar familiarizado com as relações entre a dentição e a prática de um instrumento para poder ensinar uma embocadura que não seja difícil e prejudicial para a criança.
Nesse sentido, o ideal seria a sintonia entre o professor de música e o dentista, promovendo a necessária adequação do instrumento musical ao tipo de estrutura bucal da criança.
A prática mostra que, antes de tudo, é necessário considerar cada criança individualmente, segundo o tipo de oclusão e musculatura.
Resta claro, portanto, que tocar um instrumento, sobre ser um procedimento adequado para as condições bucais, pode se tornar de grande ajuda para uma terapia oclusal, já que, comprovadamente, é um meio de despertar na criança a sensibilidade, atributo que a fará, com certeza, um adulto diferenciado.
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